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terça-feira, 13 de setembro de 2011

13 DE SETEMBRO: SAUDADES DOS VELHOS TEMPOS


Anos 70 : acordávamos 5 horas da manhã, pra tomar banho e vestir o uniforme nós, alunos de Santana que estudavam em Macapá, no dia 13 de setembro íamos cumprir o dever cívico de desfilar na Av. FAB, em comemoração ao Aniversário do então Território Federal do Amapá. Era um dia especial, que todos esperavam. A kombi que levava os alunos passava entre 6hs e 6:30 hs. Eu, aluno da escola-modelo da época, a Escola Polivalente Tiradentes, tinha que estar lá às 7:30 hs, pois o professor fazia a chamada, todo mundo enfileirado em cima do asfalto, já em posição de desfile, desde cedo, e ganhávamos ponto pra desfilar. Quem faltasse teria uma boa justifcativa pra dar ao diretor Leonil Amanajás. Mas ninguém faltava, todos iam com prazer. Era a festa maior do povo do Território Federal do Amapá, só comparada ao círio de Nazaré, em Belém-PA. Como minha escola ficava lá no início da Av. FAB, nós éramos os que caminhávamos a maior distância até o local do desfile. Durante essa caminhada de sol a pino, rolava de tudo: piadas, palavrões, choros, zoações, paqueras, as mais variadas brincadeiras dos adolescentes daquela época. A turma da graxa(os menores) sofria mais. E, como nosso desfile era um dos últimos, lá pelas onze da manhã, por causa da posição geográfica da nossa escola, íamos nos revezando na fila para comprar lanche no caminho. Mas o povão tomava todo o espaço da Av. FAB desde nossa saída da escola. E à proporção se aproximava do local onde estavam as arquibancadas, o amontoado de pessoas era maior.  Até que chegara o grande momento afinal. Já vínhamos desfilando firmes a uns dois quarteirões antes do palanque , onde estavam as maiores autoridades do Território do Amapá, governador, prefeito, secretários, vereadores, etc... Estufávamos o peito e passávamos naquela quadra entre as ruas Eliezer Leví e General Rondon, e não olhávamos pro lado, por ordem do diretor. Era um momento de forte emoção, a banda tocando, o povo aplaudindo e balançando as bandeirainhas do Brasil. 
Era um momento mágico, especial, e quem viveu não esquecerá jamais. Era um outro Brasil, um outro Amapá, uma outra realidade e...éramos sim felizes, mas não sabíamos.    

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