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quinta-feira, 26 de julho de 2012

VENDE-SE UMA MINERADORA

 Divulgação
O Sr. José Luis, diretor-geral da mineradora Anglo American comunicou esta noite ao GEA que as operações do grupo no Amapá serão colocadas a venda em anúncio público a ser realizado pelos proprietários da Anglo nabolsa de Londres-UK, nesta sexta pela manhã. O diretor garantiu que não haverá mudanças na rotina de funcionamento da empresa, nem interrupção dos investimentos no Amapá. Enfatizou ainda que  operações de extração de minério de ferro no Amapá são lucrativas se forem de pequeno porte, deixando transparecer que o tamanho do empreendimento no Amapá seria a razão para a venda da empresa.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

FERRY BOAT MADE IN MANAUS



FERRY BOAT MADE IN MANAUS

Na contramão da crise, o setor da construção naval vive um bom momento. O ramo produz e exporta embarcações de até US$ 7 milhões.

No que diz respeito a investimentos, o setor de construção naval no Estado ainda não sentiu os efeitos da crise econômica mundial. Prova disso é o Estaleiro Rio Negro (Erin) que concluiu, na semana passada, a construção de um Ferry boat que custou a bagatela de US$ 7 milhões. A encomenda já foi entregue pelo fabricante e está a caminho de São Luís, no Maranhão, onde fará o transporte de veículos e passageiros. De acordo com dados do próprio estaleiro, esta é o maior Ferry boat já construído no Estado.
Com 73 metros de comprimento, a embarcação será movimentada por três motores de propulsão com 2.280 HP’s (cavalos), o que lhe dará uma velocidade de aproximadamente 12 nós. Esta já é a segunda embarcação, nesta proporção, encomendada pela empresa Servi-Porto – Serviços Portuários Ltda., com sede na capital maranhense. Segundo o consultor técnico de comércio do Erin, Assis Farinha, com o Ferry boat, a empresa pretende intensificar o serviço de transporte de passageiros e cargas na região que atua.
“Essa embarcação tem a capacidade de receber 1,2 mil pessoas e aproximadamente 80 carros. Ela fará parte de uma frota de embarcações que faz a travessia de São Luís para outras cidades do Estado”. Farinha explicou que, neste final de semana, o Ferry boat chegaria a Belém (PA), e na próxima semana já estaria no Maranhão. Ele garante que o barco está em perfeito estado e com ótimas condições de navegação, pronto para iniciar o trabalho.
A armadora (Servi-Porto), espera começar em breve a utilizar a embarcação, e já anunciou sua chegada no site da empresa (http://www.serviporto.com.br). Farinha adiantou que a Ferry boat deverá atuar apenas em águas calmas, que no dicionário técnico é conhecida como “abrigadas”.
“Para chegar em seu destino a embarcação navegará pro águas marítimas e fluviais, algumas até mais agitadas. Mas a ideia é que ela atue apenas em águas mais tranquilas”, explicou o consultor.

Mão-de-obra
Iniciada no final de 2007 e concluída na semana passada, a obra de construção da Ferry boat contou com a participação de 120 profissionais do Erin. Apesar das proporções gigantescas, Farinha afirmou que este não foi o maior desafio do estaleiro, que há mais de 40 anos atua no Estado. “Já fizemos em torno de 1,9 mil construções, algumas com uma complexidade ainda maior. Hoje temos em nossa empresa aproximadamente 500 profissionais, mas, no passado, a alta demanda fez com que contratássemos mais de mil”, disse. Segundo Farinha, assim como todos os setores da economia, a construção naval também deverá sofrer com a crise econômica em algum momento. “Estamos aproveitando que isso ainda não aconteceu. De qualquer forma, a capacidade do povo amazonense de sobressair neste tipo de atividade vence qualquer crise”, avaliou. Farinha lamentou apenas que esse tipo de Ferry boat não seja usado para transporte de passageiros no Amazonas.

Andrés Pascal
Especial para o AMAZONAS EM TEMPO - Manaus (AM)

Fonte: Jornal AMAZONAS EM TEMPO - Manaus (AM), 14.2.2009.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Incra é o maior desmatador da Amazônia, diz MPF

Diário On Line
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou essa semana uma nova etapa da atuação contra o desmatamento ilegal na Amazônia. Foram ajuizadas ações em seis estados – Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre e Mato Grosso – que apontam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como o maior desmatador da região. As ações reúnem dados inéditos sobre o desmatamento em assentamentos de reforma agrária que mostram que cerca de um terço das derrubadas ilegais vêm ocorrendo nessas áreas.
“Os procedimentos irregulares adotados pelo Incra na criação e instalação dos assentamentos vêm promovendo a destruição da fauna, flora, recursos hídricos e patrimônio genético, provocando danos irreversíveis ao bioma da Amazônia”, dizem as ações iniciadas essa semana, resultado de investigação conjunta que demorou um ano para ser concluída.
A participação do Incra no volume total de desmatamento da região também vêm crescendo por conta da regularização ambiental da atividade pecuária. Historicamente, a criação de gado em áreas particulares era o principal vetor do desmatamento, mas dois anos depois dos acordos da carne legal, iniciados no Pará, as derrubadas em assentamentos estão ficando mais preocupantes. Elas representavam 18% do desmatamento em 2004, mas em 2010 atingiram um pico: somaram 31,1% de todo o desmatamento anual na Amazônia.
As ações relatam à Justiça Federal os danos em cada estado. Em comum, em todos os processos o MPF pede a interrupção imediata do desmatamento em áreas de reforma agrária, proibição de criação de novos assentamentos sem licenciamento ambiental e um plano para licenciar os assentamentos existentes, bem como para averbação de reserva legal e recuperação de áreas degradadas, com prazos que vão de 90 dias a um ano.
As ações judiciais foram elaboradas pelo Grupo de Trabalho da Amazônia Legal, que reúne procuradores da República de toda a região, e ajuizadas em seis dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal. Amapá e Tocantins ficaram de fora por terem números inexpressivos de desmatamento nas áreas de reforma agrária. O Maranhão, que tem uma das situações mais graves nos assentamentos, está concluindo o inquérito sobre o assunto.
Cem metrópoles  - A área já desmatada pelo Incra corresponde a 20 anos de desmatamento se mantido o ritmo atual, de cerca de 6 mil km2 por ano. De acordo com a investigação, até 2010 o Incra foi responsável por 133.644 quilômetros quadrados de desmatamento dentro dos 2163 projetos de assentamento que existem na região amazônica.
Para se ter uma ideia do prejuízo, a área desmatada é cerca de 100 vezes o tamanho da cidade inteira de São Paulo. Só no ano passado, dentro de assentamentos já criados do Incra, foram perdidos 1 milhão e 668 mil hectares em floresta (um hectare é o tamanho médio de um campo de futebol). Entre 2000 e 2010, foram mais de 60 milhões de campos de futebol em florestas que vieram ao chão.
O MPF fez um cálculo com base no valor comercial dos produtos madeireiros e chegou a um valor total de R$ 38, 5 bilhões em danos ambientais causados pelo Incra em toda a Amazônia. O valor corresponde ao que foi desmatado entre 2000 e 2010 e calculado pelos valores mínimos do mercado.
Os números foram obtidos por três instituições distintas, a pedido do MPF, em análise das fotos de satélite dos assentamentos. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) chegaram às mesmas conclusões: o desmatamento está descontrolado nas áreas de reforma agrária. “Temos então que os assentamentos instalados pelo Incra responderam por 18% dos desmatamentos verificados na Amazônia Legal nos últimos 10 anos”, dizem os procuradores da República nas ações judiciais.
De acordo com o Imazon, os assentamentos mais desmatados estão no Pará, Maranhão e Mato Grosso. São 764 assentamentos (287 no PA, 207 no MA e 117 no MT) que juntos desmataram mais de 64 mil hectares até 2010. Nesses locais, entre 75% e 100% da cobertura vegetal foi derrubada ilegalmente, o que acrescenta a ausência da reserva legal na lista de infrações ambientais do Incra. Na Amazônia, o Código Florestal prevê reserva legal de 80% da cobertura vegetal, em propriedades privadas e também nas áreas de reforma agrária.
“No total de 2160 projetos válidos, o Inpe detectou que 1511 encontram-se com mais de 20% de sua área desmatada, o que corresponde a 70% dos Projetos de Assentamento”, diz a ação judicial. Mais da metade dos assentamentos na Amazônia – 1156 deles - devastaram a floresta de mais de 50% de seus territórios.
Regularização ambiental – São várias as causas que colocam o Incra como protagonista do desmatamento na Amazônia – negligência com a infraestrutura dos assentamentos, descontrole sobre a venda de lotes – mas pesa muito na balança a ausência quase total de licenciamento ambiental nos projetos. De acordo com o Tribunal de Contas da União, até 2003 tinham sido criados mais de 4 mil assentamentos sem licença ambiental no país.
Após essa data, ainda que não existam números totais, o TCU apontou em auditoria que a prática permaneceu inalterada: “o modo de criação, gestão e implantação de assentamentos em desrespeito à legislação ambiental deve-se à falta de ação do Incra, que sequer chega a protocolar os pedidos de licenciamento”, concluiu a auditoria. Para o MPF, “a ausência de protocolo é grave e enfraquece qualquer defesa do Incra no sentido de que a criação de tais assentamentos sem a devida licença ambiental decorre da falta de manifestação dos órgãos ambientais”.
No Pará, o caso será julgado pela 9ª Vara Federal de Belém. (DOL, com informações do MPF)
http://www.diarioonline.com.br/noticia-209339-incra-e-o-maior-desmatador-da-amazonia-diz-mpf.html

segunda-feira, 2 de julho de 2012

T.R.E. aprovada a criação do PEN - Partido Ecológico Nacional


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou no final da noite de terça-feira, 19 de junho, por 6 votos a 1, o pedido de registro do Partido Ecológico Nacional (PEN). A decisão criou a 30ª sigla brasileira. O único voto contrário foi do ministro Marco Aurélio Mello, que viu falha no procedimento burocrático para criação do partido.
Em sua página oficial , o PEN anuncia que irá "preencher um espaço vazio no cenário político brasileiro". Segundo o presidente, Adilson Barroso, falta continuidade nas políticas voltadas ao meio ambiente, pois os governantes se limitam a ações pontuais. Ele ainda afirma que os ideais da sigla "afastam-se do campo político para aproximarem-se do campo ecológico".
A sigla não poderá participar das eleições municipais de 2012 porque a legislação eleitoral exige prazo mínimo de um ano para mudanças no cenário eleitoral. Apesar de só ter conseguido o registro agora, a ata de fundação do PEN é de junho de 2006 (Agência Brasil).