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domingo, 24 de fevereiro de 2013

MEU PAI, JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE, FOI AO ENCONTRO DE DEUS

Deus levou meu querido e amado pai, Sr. JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE, à 1:30hs da madrugada da última terça-feira, 19/02/2013, vítima de infarto do miocárdio. Filho caçula de uma família de 9 irmãos, homem religioso temente a Deus, reto e de caráter como poucos, meu pai nasceu no Rio Curuçá, município de Mazagão, em 19/03/1931, e começou a trabalhar ainda com 9 anos  de idade, no seringal, junto com seus irmãos e seu pai, o Sr. Manuel Pinto Pereira Valente. Sua mãe, Júlia de Oliveira Valente, faleceu quando ele ainda era criança, deixando sua criação e educação por conta de suas irmãs Neném e Santinha, a quem ele sempre tratou com segunda mãe. Aos 19 anos saiu pela primeira vez do interior de Mazagão para a cidade de Macapá, e trabalhou como braçal no Governo Janarí Nunes, ajudando na construção da praça e da Escola Barão do Rio Branco. Líder nato, tinha apenas o segundo ano primário, quando resolveu voltar para o interior 2 anos depois, e comprou de seu pai uma canoa movida a remo de faia, começando a trabalhar com regatão pelos rios da Amazônia, negociando produtos naturais, como castanha-do-Pará, Látex, balata, couros de animais, etc...passando depois para canoa a vela. Homem incansável nas suas atividades, não media esforços para alcançar seus objetivos, passava em torno de 15 dias para fazer uma viagem a Belém, e mais 15 para voltar. Eram tempos difíceis, mas sua determinação em vencer na vida superaram qualquer obstáculo e acidentes de percurso, incluindo naufrágios, explosões em alto mar que, com sua astúcia e velocidade de pensamento, conseguia superar. Quando comprou seu primeiro barco a motor, passou a comercializar café até para o exterior, chegando até a Guiana Francesa e Paramaribo, verdadeiras viagens de aventureiro, com sua tripulação escolhida a dedo, que também cruzavam com ele os rios e mares do norte e nordeste deste Brasil. Pioneiro no comércio de Santana, no final dos anos 50 José Valente, junto com seus irmãos Antônio e Raimundo, se estabeleceu na Ilhinha, localizada em frente à Ilha de Santana, com   bar e comércio, depois passou para a Ilha de Santana, onde fundaram a firma Valente & Irmãos Ltda. 
Extremamente emotivo e carinhoso com todos, mas em especial com filhos, esposa e a família, ele foi pai pela primeira vez de SÉRGIO, 5 anos antes do casamento. Casou com minha mãe, a Sra. MARIA MEIRE FERREIRA VALENTE, em 1962, com quem teve 3 filhos, ARISTEU, GLÓRIA E LÉIA. No início da década de 60, aproveitando o movimento de instalação da ICOMI, passou para a então Vila de Santana, montando um comércio sortido próximo ao porto, depois apartou a sociedade com os irmãos, mudando em definitivo para a Av. Santana, quando montou uma loja de nome CASA SÃO JOSÉ, que seria a primeira naquela avenida e na então vila, sendo também o primeiro beneficiado pela energia da ICOMI. Viajou neste Brasil de norte a sul trazendo novidades para sua loja, principalmente de S.Paulo, onde era bastante conhecido pelos  empresários da capital paulista. Mesmo já estabelecido e estruturado com sua grande loja, ele continuou as viagens comercializando produtos naturais da amazônia. Em 1973, JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE recebeu o título de Empresário do Ano do então Território Federal do Amapá, e por vários anos recebeu também do Governador Aníbal Barcellos o título de maior contribuinte individual de ICMS do Território, era na época também a maior loja do Território, e vendia de tudo. Nos anos 80 instalou uma indústria de beneficiamento de látex na Ilha de Santana, comercializando seus produtos com a fábrica de pneus Goodyear do Brasil Ltda, e outras indústrias de balões do interior de S.Paulo. Abriu mias 2 filiais da CASA SÃO JOSÉ em Santana, e 3 postos avançados de comercialização de látex e castanha do pará  municípios de mazagão e Laranjal do Jarí. Seus barcos, S. Rita, N. S. Nazaré, Apollo 11, São Tiago, Brasileira, Brasília, Miss Cajarí, Valente e Aristeu, cruzaram os rios da amazônia até meados de 90 comprando produtos naturais. Meu pai parou com sua vida de empresário quando , depois do segundo AVC, os médicos recomendaram que ele evitasse sua vida de alta rotatividade no trabalho, para que pudesse ter mais qualidade de vida.  
Dizia sempre: "Tudo ness vida passa, só amar a Deus que não passa!"
"Noite traiçoeira
Que levou nosso bem mais precioso
A saudade é grande demais,
a dor é quase insuportável
dor que não cessa, dor que não dá trégua...
Pai, meu amado pai, porque fostes assim tão de repente?
Tua marca está viva em cada canto desta casa,
tua história está escrita em cada esquina desta cidade,
deste Amapá, e em alguns lugares deste país e fora dele, mas...
Porque porque partistes assim meu querido pai?
Tu fostes e és nosso melhor exemplo de vida, de homem reto, de caráter, pai de família exemplar, nunca deixastes faltar nada para nenhum de nós, pelo contrário,
pra mim destes até mais do que eu merecia...
Fostes mais que um pai de família, fostes esposo dedicado, amigo, companheiro de todas as horas, exigente na educação e criação dos filhos, mas um amigo de todas as horas, brincalhão, um sorriso quase inocente, acolhedor, falavas palavras de carinho e afeto todo dia e o dia todo...tinha todo o tempo do mundo para ficar com filhos, netos e bisneto, contador de intermináveis histórias dos tempos das navegações, dos mares, dos rios , do interior, que tu tanto amava...
A lembrança é constante de tuas histórias, desde a tua infância, o início de tua caminhada aos 9 anos na seringa, depois no regatão, depois no comércio de castanha, depois no comércio em geral... uma vida dedicada ao trabalho...ah o trabalho, que tu fazias com tanto prazer e dedicação, fosse no interior mais longínquo, ou em tuas viagens por esse Brasil afora, e sempre me levavas contigo, da mesma forma que ajudavas tantas pessoas, tantas que muitas nem conhecemos, mas que sempre nos encontram pra falar alguma coisa boa de ti...são tantas histórias, meu pai, que denotam tua simplicidade e humanidade de teu caráter...
Pai, meu pai querido e amado, sou egoísta em dizer que ainda não era a hora de partires, mas Deus quis assim, Ele precisou de ti ao lado D'ele, somos pequeninos demais para entender este momento tão difícil e demasiado sofrido para todos nós, familiares, amigos e conhecidos, mas lá na frente saberemos que tua partida não foi em vão. Ainda te vejo sentado em tua mesa redonda lá no fundo da sala fazendo tuas orações, conversando com Deus, todo santo dia, e lendo o Salmo 23 que, na sua última frase diz: "...e habitarei na casa do Senhor por longos e longos dias..."
Que seja feita a vontade de Deus!"

ARISTEU VALENTE

sábado, 16 de fevereiro de 2013

METEORO EXPLODE NA RUSSIA E ASSUSTA O MUNDO




 O meteoro caiu na região dos Montes Urais, na Rússia. 
Um Meteoro atravessou o céu da Rússia na manhã desta quinta-feira, dia 15/02/2012, lançando bolas de fogo na direção da Terra, quebrou janelas e provocou várias outras catástrofes. As agências de notícias da Rússia e o Ministério das Emergências informam que com a queda do Meteoro na Rússia deixou mais de 1.200 pessoas feridas, dentre essas 82 crianças. Vários moradores afirma que estava tudo tranquilo quando ouviram uma explosão e logo em seguida um clarão no céu, o pânico tomou conta das pessoas, o tremor provocado pelo Meteoro na Rússia chegou a ser sentido na cidade industrial, que fica cerca de 1.500 quilômetros de Moscou. Este Meteoro deixou um rastro no céu que poderia ser visto a 200 quilômetros de distância.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

SANTANA PERDE SUA VICE-PREFEITA, ROSELINA MATOS


Roselina Matos, no dia de sua diplomação como vice do prefeito Robson Rocha.

Faleceu na madrugada desta quarta-feira 13/02, no Hospital São Camilo, a Vice-Prefeita do município de Santana, Roselina Matos, de 35 anos. Roselina, irmã da deputada estadual Roseli Matos, estava grávida de 2 meses e teve complicações decorrentes dessa gravidez, sendo internada às pressas na noite de terça-feira, vindo a sofrer 2 paradas cardíacas e não resistiuO corpo foi velado na Câmara Municipal de Santana e enterrado nesta quinta no cemitério de Santana, com grande movimento do público santanense para ver pela última vez a vice-prefeita. Roselina era uma pessoa muito querida, simples, sempre sorridente e prestativa, sem inimigos e muito religiosa. O prefeito Robson Rocha, decretou três dias de luto no Município de Santana.


Cortejo do corpo de Roselina Matos até o cemitério com grande participação da população de Santana para se despedir de sua vice-prefeita.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

PAPA BENTO XVI ANUNCIA SUA RENÚNCIA

  Nesta manhã chuvosa de carnaval, 11 de fevereiro,  fomos colhidos pela notícia espantosa de que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro.
Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz "bem consciente da gravidade deste ato" e "com plena liberdade". É evidente que a renúncia de um Papa é algo inaudito nos tempos modernos. A última renúncia foi de Gregório XII em 1415. A notícia nos deixa a todos perplexos e com um grande sentimento de perda. Mas este sentimento é um bom sinal. É sinal de que amamos o Papa, e, porque o amamos, estamos chocados com a sua decisão. Diante da novidade do gesto, no entanto, já começam a surgir teorias fabulosas de que o Papa estaria renunciando por causa das dificuldades de seu pontificado ou que até mesmo estaria sofrendo pressões não se sabe de que espécie. O fato, porém, é que, conhecendo a personalidade e o pensamento de Bento XVI, nada nos autoriza a arriscar esta hipótese. No seu livro Luz do mundo (p. 48-49), o Santo Padre já previa esta possibilidade da renúncia. Durante a entrevista, o Santo Padre falava com o jornalista Peter Seewald a respeito dos escândalos de pedofilia e as pressões:
Peter Seewald: Pensou, alguma vez, em pedir demissão?
Papa Bento XV: Quando o perigo é grande, não é possível escapar. Eis porque este, certamente, não é o momento de demitir-se. Precisamente em momentos como estes é que se faz necessário resistir e superar as situações difíceis. Este é o meu pensamento. É possível demitir-se em um momento de serenidade, ou quando simplesmente já não se aguenta. Não é possível, porém, fugir justamente no momento do perigo e dizer: "Que outro cuide disso!"
Peter Seewald: Por conseguinte, é imaginável uma situação na qual o senhor considere oportuno que o Papa se demita? 
Papa Bento XV: Sim. Quando um Papa chega à clara consciência de já não se encontrar em condições físicas, mentais e espirituais de exercer o encargo que lhe foi confiado, então tem o direito – e, em algumas circunstâncias, também o dever – de pedir demissão.
Ou seja, o próprio Papa reconhece que a renúncia diante de crises e pressões seria uma imoralidade. Seria a fuga do pastor e o abandono das ovelhas, como ele sabiamente nos exortava em sua homilia de início de ministério: "Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos" (24/04/2005). Se hoje o Papa renuncia, podemos deduzir destas suas palavras programáticas, é porque vê que seja um momento de serenidade, em que os vagalhões das grandes crises parecem ter dado uma trégua, ao menos temporária, à barca de Pedro. Podemos também deduzir que o Santo Padre escolheu o timing mais oportuno para sua renúncia, considerando dois aspectos: 1. Ele está plenamente lúcido. Seria realmente bastante inquietante que a notícia da renúncia viesse num momento em que, por razões de senilidade ou por alguma outra circunstância, pudéssemos legitimamente duvidar que o Santo Padre não estivesse compos sui (dono de si). 2. Estamos no início da quaresma. Com a quaresma a Igreja entra num grande retiro espiritual e não há momento mais oportuno para prepararmos um conclave através de nossas orações e sacrifícios espirituais. O novo Pontífice irá inaugurar seu ministério na proximidade da Páscoa do Senhor. Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança. Peçamos com a Virgem de Lourdes que o Senhor, mais uma vez, derrame o dom do Espírito Santo sobre a sua Igreja e que o Colégio dos Cardeais escolha com sabedoria um novo Vigário de Cristo. Nosso coração, cheio de gratidão pelo ministério de Bento XVI, gostaria que esta notícia não fosse verdade. Mas, se confiamos no Papa até aqui, porque agora negar-lhe a nossa confiança? Como filhos, nos vem a vontade de dizer: "não se vá, não nos deixe, não nos abandone!"
Mas não estamos sendo abandonados. A Igreja de Cristo permanecerá eternamente. O que o gesto do Papa então pede de nós, é mais do que confiança. Ele nos pede a fé! Talvez seja este um dos maiores atos de fé aos quais seremos chamados, num ano que, providencialmente, foi dedicado pelo próprio Bento XVI à Fé. Fé naquelas palavras ditas por Nosso Senhor a São Pedro e a seus sucessores: "As portas do inferno não prevalecerão!" (Mt 16, 18).
Estas palavras permanecem inabaláveis através dos séculos!
Autor: Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior