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segunda-feira, 10 de maio de 2010

BRASILEIROS HUMILHADOS NOS DOIS LADOS DA FRONTEIRA

 Os policiais franceses, conhecidos como Gendamerie, acusados de maus tratos contra brasileiros na Guiana Francesa.
Triste e tensa a situação de nossos irmãos brasileiros que dependem do Rio Oiapoque para sobreviver. Os que atravessam ilegalmente para a Guyana Francesa à procura de ouro, encontram a barreira da polícia francesa, chamada Gendamerie, que "caça" brasileiros nas matas francesas. "Eles não nos respeitam. Acham que os homens são ladrões e as mulheres, prostitutas. No entanto, 90% dos brasileiros aqui são honestos", disse a maranhense Francinete Silva. A truculência dos Gendamerrie é conhecida por todos, pois agem da mesma forma a décadas, com violência moral e física contra brasileiros, e há até casos relatados de mortes provocadas pelos policiais franceses, tanto em terras extrangeiras como em águas do Rio Oiapoque.
Saõ aproximadamente 16 mil brasileiros que vivem na Guiana Francesa - dos quais apenas seis mil de forma legal. Os legalizados vivem principalmente em Caiena e prestam diversos tipos de serviços na cidade. Entre os ilegais, há milhares de garimpeiros que se embrenham pela floresta densa da Guiana em busca de ouro. A imagem dos brasileiros é marginalizada pela polícia local. Existe uma comissão de direitos humanos para estudar esses conflitos, mas pouca coisa foi feita até agora.
Brasileiros na margem do rio Oiapoque, no lado brasileiro, embarcando suprimentos para subirem o rio rumo às Vilas de Ilha Bela e Vila Brasil.(Foto Breno Fortes)
Do lado brasileiro existe impase entre brasileiros que moram nas vilas Brasil e Ilha Bela, e o Exército Brasileiro. Essas vilas estão localizadas dentro do Parque do Tumucumaque, onde residem mais de 300 famílias, que dependem da cidade de Oiapoque para sobreviver, pois compram mantimentos na cidade e voltam para suas vilas de catraio, só que nesse retorno encontram a dura fiscalização do Exército, que limita uma certa quantidade de mercadorias por pessoa, o que gera discussões e transtornos para os nativos, que são obrigados a voltar para a ciadade de Oiapoque e deixar lá o excedente. Os representantes das cooperativas e associações de catraieiros também relataram sobre o assédio moral que tem sofrido por alguns militares do Exército Brasileiro enquanto estão trabalhando, pois as catraias, meio natural de transporte para todos naquela região, estão sendo proibidas de adentrarem na região da reserva, onde ficam localizadas Vila Brasil e Ilha Bela.
Alguns políticos acionaram a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para fazer uma avaliação mais aprofundada da questão e buscar soluções  junto ao Exército e catraieiros. As denúncias são sérias e precisam ser averiguadas. Os nativos tem o direito natural de viver e sobreviver.

Um comentário:

JhulliaG disse...

é,é muito difícil minha mãe chora,as vezes,quando pergunto como é o trabalho dela no garimpo...
ela mora em suriname e trabalha ilegalmente no garimpo
ela e meu padrasto...
eu choro quando ela me fala o sufoco q ela passa no garimpo ;(