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segunda-feira, 23 de julho de 2012

FERRY BOAT MADE IN MANAUS



FERRY BOAT MADE IN MANAUS

Na contramão da crise, o setor da construção naval vive um bom momento. O ramo produz e exporta embarcações de até US$ 7 milhões.

No que diz respeito a investimentos, o setor de construção naval no Estado ainda não sentiu os efeitos da crise econômica mundial. Prova disso é o Estaleiro Rio Negro (Erin) que concluiu, na semana passada, a construção de um Ferry boat que custou a bagatela de US$ 7 milhões. A encomenda já foi entregue pelo fabricante e está a caminho de São Luís, no Maranhão, onde fará o transporte de veículos e passageiros. De acordo com dados do próprio estaleiro, esta é o maior Ferry boat já construído no Estado.
Com 73 metros de comprimento, a embarcação será movimentada por três motores de propulsão com 2.280 HP’s (cavalos), o que lhe dará uma velocidade de aproximadamente 12 nós. Esta já é a segunda embarcação, nesta proporção, encomendada pela empresa Servi-Porto – Serviços Portuários Ltda., com sede na capital maranhense. Segundo o consultor técnico de comércio do Erin, Assis Farinha, com o Ferry boat, a empresa pretende intensificar o serviço de transporte de passageiros e cargas na região que atua.
“Essa embarcação tem a capacidade de receber 1,2 mil pessoas e aproximadamente 80 carros. Ela fará parte de uma frota de embarcações que faz a travessia de São Luís para outras cidades do Estado”. Farinha explicou que, neste final de semana, o Ferry boat chegaria a Belém (PA), e na próxima semana já estaria no Maranhão. Ele garante que o barco está em perfeito estado e com ótimas condições de navegação, pronto para iniciar o trabalho.
A armadora (Servi-Porto), espera começar em breve a utilizar a embarcação, e já anunciou sua chegada no site da empresa (http://www.serviporto.com.br). Farinha adiantou que a Ferry boat deverá atuar apenas em águas calmas, que no dicionário técnico é conhecida como “abrigadas”.
“Para chegar em seu destino a embarcação navegará pro águas marítimas e fluviais, algumas até mais agitadas. Mas a ideia é que ela atue apenas em águas mais tranquilas”, explicou o consultor.

Mão-de-obra
Iniciada no final de 2007 e concluída na semana passada, a obra de construção da Ferry boat contou com a participação de 120 profissionais do Erin. Apesar das proporções gigantescas, Farinha afirmou que este não foi o maior desafio do estaleiro, que há mais de 40 anos atua no Estado. “Já fizemos em torno de 1,9 mil construções, algumas com uma complexidade ainda maior. Hoje temos em nossa empresa aproximadamente 500 profissionais, mas, no passado, a alta demanda fez com que contratássemos mais de mil”, disse. Segundo Farinha, assim como todos os setores da economia, a construção naval também deverá sofrer com a crise econômica em algum momento. “Estamos aproveitando que isso ainda não aconteceu. De qualquer forma, a capacidade do povo amazonense de sobressair neste tipo de atividade vence qualquer crise”, avaliou. Farinha lamentou apenas que esse tipo de Ferry boat não seja usado para transporte de passageiros no Amazonas.

Andrés Pascal
Especial para o AMAZONAS EM TEMPO - Manaus (AM)

Fonte: Jornal AMAZONAS EM TEMPO - Manaus (AM), 14.2.2009.


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